Apresentação

Eu sei que existem muitos blogs sobre Twilight, mas todos que eu conheço são extremados: ou Twilight é a primeira maravilha, tendo desbancado já as outras sete, ou é um lixo nuclear, cujo úúnico mérito é arder bem e sendo capaz de alimentar uma boa fogueira.
Este blog, portanto, se propõe a um meio-termo: a criticar algumas coisas, sim, mas, também, a encontrar aspectos positivos que merecem atenção e, até, alguma deferência.

Então, para estabelecer os pontos, sim, eu li os livros, e mais de uma vez. Se gostei? Muito! Mas não espere que eu inveje as descontroladas que arrancaram sangue dos pescoços na presença do ator que interpreta Edward; tampouco esperem que eu assine um daqueles blogs do tipo "porque nós odiamos twilight". Existe um meio termo em tudo isso, e é nele que estou.

Então, por tudo isso, mais um blog sobre Twilight!

sábado, 11 de dezembro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

En: [Ebook] Bianca D'Arc - Irmandade de Sangue 01 - Primeiro e Único

Tá legal, tá legal!! Crepúsculo é muito bom, Edward é intrigante, Bella
é muito legal. Eu não gosto muito dos lobos, mas há quem goste. Muito
bem, eu confesso, eu me rendo, mas cheeeeeeeeeeeega de vampiros e de
lobos! Pelo
amor de Deus, ninguém tem mais nenhum tema para escrever mais? Umas
paródias de Twilight são tão óbvias e absurdas, que são perfeitamente
cômicas.

Caramba! Fadas, gnomos, batatas voadoras, a ode dos sutiãs
revoltados - qualquer coisa, mas vampiros, não!!!!!!!!!
Se você quer que o galã da sua história, além de ter o charme de Edward
Cullen, a irreverência de Jacob Black e o autruísmo de Carlisle, se
você ainda quer que ele se transforme em um animal, pelo
amor da originalidade, não faça ele se transformar em lobo.. Qualquer
coisa, meu Deus! Doninha!!!!! Leopardo!! Ornitorrinco!!!! Juro, a falna
e a hentomologia são vastíssimos - você vai encontrar uma idéia
original.

Algumas sinopses assustadoras... Dá pra rir ou chorar - você decide...


Um acidente mortal muda o destino de um vampiro solitário.

O Vampiro executor, Atticus Maxwell está na beira do seu próprio
esquecimento... até o batimento cardíaco fraco de uma mulher que
desesperadamente se feriu, quase mortalmente, chamá-lo de volta. O terrível
acidente que quase tirou sua vida, tanto lhe trouxe uma mulher encantadora e
intrigante que só poderia dar-lhe uma razão para viver novamente.

Lissa estava dirigido para uma conferência em um resort em uma última
tentativa para encontrar um emprego. Em vez disso, em uma chuva de estrada
da montanha Slick, quase a matou, e ela encontra o amor de sua vida. Um amor
não dos mais aceitáveis, o recluso dono da vinha em Napa Valley, mas que não
é muito humano.

Nenhuma barreira, nem mesmo dar a notícia aos amigos de Lissa, parece muito
para segurar seu amor e deixá-lo florescer. Até que descubram que o acidente
que os uniu não foi um acidente, e sim uma tentativa de assassinato por um
inimigo desconhecido.

Atticus salvou Lissa uma vez. Ele pode mantê-la dessa forma em face de uma
nova ameaça?

Atenção: Este livro contém línguas excitadas, pescoço quente de morder e o
amor extremo de um homem quente, com um sorriso assassino.


***


Sunshine Demarco é uma vampira de cabelos loiros, olhos azuis que
simplesmente não se encaixava na elite. Realmente, não gosta do estilo de
vida dos vampiros — opulência e excesso em tudo, comer, beber sangue. Mas
ainda tem família e obrigações sociais.

Enquanto assistia uma festa dedicada a um dignitário Europeu, é cativada por
um estranho alto e sombrio.

Uma dança sensual entre eles leva a um encontro de paixão no jardim do
anfitrião.

A realidade os interrompe e Sunshine foge, mas não será a última vez que ela
vê seu amante misterioso.

*****


O mundo é perigoso para Alec Reynard e os de sua espécie. Enquanto a
escuridão de sua alma ameaça dominá-lo, ele se submete a experimentos
médicos secretos que lhe permitem viver sob a luz do dia. Vive uma dupla
vida como guarda-costas e, além disso, tem que lutar contra a atração que
sente por Domini Lancer, uma simples mortal a quem de forma inesperada
reconhece como sua companheira.

Domini não sabe de nada sobre a verdadeira natureza de Alec, mas, quando o
perigo a espreita, ele a sequestra e a leva junto a seu Clã para protegê-la.
Sem poder se ocultar por mais tempo e à medida que é atraído por Domini,
Alec se pergunta se ela aceitará a escuridão que existe dentro dele, ou se é
realmente uma inteligente assassina de vampiros, infiltrada entre os seus.

***


Alexi - Limitado pelas correntes de prata, o vampiro tinha permanecido preso
durante centenas de anos, trancado num mundo de dor e fome, até que o
sedutor perfume do sangue de uma mulher o traz de volta para sua vida
voraz...

Marisa - Excitada com a visão do vampiro algemado na feira, tropeçou na
tenda indo para os braços do homem mais incrível que já tinha visto.
Hipnotizada pelo seu abraço sobrenatural, ela acredita nele quando jura que
a única coisa que quer beber são seus beijos.

*****

Deveria ter sido um sonho transformado em realidade. Que mulher não iria
querer trocar seu trabalho monótono e sua vida aborrecida para converter-se
em uma deusa? Uma deusa que não só é imortal, mas tambem estará atada por
toda eternidade a um vampiro fantasticamente bonito? Porém... ser uma deusa
não é tão bom como parece, como Abby Barlow logo descobre. De fato, em
poucas horas ela se encontrará fugindo de uma horda de demônios, um bando de
zumbis e um poderoso mago que tem intenção de sacrificá-la para seu Príncipe
Sombrio.

E se por acaso isso não fosse suficientemente ruim, perdeu seu trabalho, seu
aluguel venceu e finalmente, ser a salvadora do mundo não vem com pagamento
incluído.

Bem-vinda aos Guardiões da Noite!


****


Nas extensões virgens do oeste americano, Tomás Alejandro Randall era
conhecido como "O Lobo", o forasteiro e inimigo acirrado do poderoso
financeiro Cole McLean.

Poucos humanos conheciam sua verdadeira identidade: herdeiro de uma linhagem
de homens lobo que o fazia tanto uma fera exótica, como um homem
devastadoramente atraente.

O plano de Tomás era enrolar a elegante noiva de Cole McLean, Lady Rowena
Forster, para levá-la de sua mansão de Nova Iorque, a selvagem fronteira.

Ali planejava seduzir à beleza de cabelo dourado como vingança, por causa da
destruição de sua família nas mãos de McLean.

***


Lúcio, o escravo de Cantarzo, carrega seu mestre vampiro encerrado numa
caixa de madeira. Sua missão é levá-lo até Tereza, uma bruxa que vive ao
norte do Brasil, que fará com que Cantarzo desperte e se torne o rei dos
vampiros. Com poucas pistas sobre o real paradeiro da tal bruxa, o lacaio do
vampiro começa uma jornada que trará resultados nefastos caso alcance seu
objetivo.

Do lado dos humanos, bento Lucas faz crescer em seus semelhantes a chama da
esperança, empurrando-os pelos trilhos da reconquista do país até então
assolado pelos inimigos noturnos.

***


Depois de passar pela pior dor que um ser humano pode passar, Cassandra
decide viajar para o Haiti, onde, segundo rumores, vive um sinistro mestre
do vodu que pode ressuscitar os mortos. O ambicioso Devon Murphy aceita
guiar Cassandra até lá em segurança, porém o apelo sensual de Devon promete
um outro tipo de perigo... Enquanto Cassandra e Devon seguem para o
misterioso vilarejo no coração da selva, a atração entre eles explode num
desejo inebriante, e Cassandra começa a questionar sua resolução de nunca
mais se apaixonar.


É impossível resistir ao charme de Devon, mas a descoberta do segredo do
macabro ritual pode implicar num alto preço a pagar...


****


Gabriel Letourneau, um Vampiro de quatrocentos anos de idade, esteve
guardando Fate Harding das Forças Escuras que os rodeiam durante um tempo
larguíssimo. A noite em que o período de perseguição chega a seu fim, quando
Gabriel finalmente acredita que ela está a salvo, Fate é violentamente
atacada, Abraçada[1], e abandonada diante sua porta.

Fate não sabia que tinha um guarda-costas vampírico até a noite em que se
transformou em Vampiro. Ela acorda de sua dura experiência com um poderoso
desejo de sexo e sangue, e Gabriel se vê perfeitamente capaz de satisfazer
todas suas necessidades imediatamente. Com um desejo sexual o
suficientemente quente para incendiar a cidade inteira, recorre a Gabriel
para saciar as luxúrias dos recentemente Abraçados e lhe ensinar os costumes
de sua nova vida.

Fate acorda algo dentro de Gabriel que esteve dormido durante séculos. Ele é
insaciável em todos os aspectos no que se refere a ela, mas domesticar e
reter à fogosa e teimosa Fate é outra coisa diferente. Sobretudo quando ela
tem uma história de maus tratos e traição por parte daqueles aos que amava.
O desafio máximo de Gabriel se transforma em ganhar a confiança de Fate.

Até se Gabriel conseguir convencer Fate de que ele é o único homem para ela,
não pode retê-la. Alguém está espreitando Fate, manipulando a ambos, e
castigando Gabriel por seus pecados passados.

****

Será ele o inimigo... ou o homem que salvará sua vida?

Shay é a última de sua espécie. Seu sangue é um afrodisíaco para os
vampiros, que o consideram mais precioso que ouro. Mas uma maldição a leva a
ser vendida num leilão de escravos, e seu destino se torna incerto...

Viper, o carismático chefe de um perigoso clã de vampiros, não consegue
explicar o desejo irrefreável de possuir a bela mulher que um dia salvou sua
vida. Agora ele está livre para fazer com ela o que quiser, mas, por mais
que deseje Shay, ele quer que ela se entregue por livre e espontânea
vontade...

Um mal oculto parece perseguir Shay desde que ela deixou o mercado de
escravos ao lado de Viper, um mal que põe em perigo a existência de toda a
espécie dos vampiros, e não faz sentido ele correr tamanho risco apenas para
ficar com ela. Mas o amor que sente por Shay é suficiente para fazer Viper
ir até o inferno e voltar, se isso significar tê-la em seus braços por toda
a eternidade...
***

''Alguém, certa vez, falou que em cidade pequena não existem segredos. Esse
alguém, certamente, jamais passou por Monte Seco... Eu passei.''

.

Melanie passaria despercebida caminhando pela rua. Garota simples e sem
grandes pretensões, que de uma hora pra outra, percebe-se cercada por
segredos que ocultam uma disputa milenar - protagonizada por nada menos que
vampiros e homens lobos. O que essa garota faz perdida no meio desta
extraordinária batalha? Somente Os Segredos de Uma Noite podem
revelar...


***

Quando a paixão explode, nada volta a ser o mesmo, seja entre humanos ou
entre homens lobos.

Donovan. É um Protetor. Sua tarefa consiste em levar de volta à manada à
líder. Mas quando aspira pela primeira vez a sedutora fragrância de Lisa
Delaney, esta se converte em sua presa, em corpo e alma. E ele está disposto
a arriscar ambas as coisas por uma paixão que vai além de todos os limites.

Kelon. É o melhor Protetor de toda a manada. Sua única intenção é voltar
para seu lar depois de ter ajudado ao Donovan, mas não conta com que Robin
Delaney lhe distraia até o ponto de trocar seus planos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Matadores de vampiras lésbicas

E ainda dizem que não existe nada pior que twilight.

Eu chorava e ia dormir

(Lesbian Vampire Killers, Inglaterra, 2009)


SINOPSE
Fletch and Jimmy decidem passar um fim de semana próximos à natureza. As coisas não terminam muito bem quando ficam presos em um vilarejo onde todas as mulheres
são escravizadas por uma legendária maldição de vampiros. Eles terão que deixar todos os seus medos (e sonhos) para trás e se tornarem Matadores de Vampiras Lésbicas.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Sim, eu gosto de Rosalie

Para fãs e não-fãs, Rosalie é definida apenas como a "psicopata
maternal". De fato, a relevância dela é muito pequena, até amanhecer.
Mas do pouco que vi, nos livros oficiais e em "Sol da Meia-noite" (que
vale super a pena, se vocÊ quiser conhecer melhor os Cullen), ela é
interessantíssima.
O capítulo em que ela conta sua história nos permite muitas
reflexões sobre a beleza, em si. Acho que, no fundo, ela tem uma
relação ambivalente com sua aparência, e não é para menos.
Rosalie teve, durante a vida humana, incríveis vantagens e
desvantagens por ter sido sempre a mais bonita. As vantagens são óbvias:
admiração, a atenção dos pais; e as desvantagens? Acho que ela se sentia
triste por nunca ter sido amada por quem realmente ela era, e daí vinha
a inveja de sua amiga genérica, casada com um homem genérico.
E a fixação dela por nunca ter tido filhos? Acho que eu entendo
isso. Quero dizer, um filho não a amaria por ela ser "a mais bonita";
ele a amaria porque ela seria sua mãe, simples assim.
Existe nela uma tal cede de amor, uma tal sinceridade, que converge
simpatias, indiscutivelmente.
Só me perco nas reais fundações do amor entre ela e Emmett. Ela diz
que o escolheu pelas suas "covinhas", que lhe fizeram lembrar do bebê da
sua amiga. Mas, e agora? O que será que ela vê nele? Por que ela disse
uma das frases mais lindas de todo o livro? "Emmett é tudo que eu
pediria, se me conhecesse bem o suficiente para saber do que precisava"?
O que une pessoas aparentemente tão diferentes, com humor diferente,
perspectivas, expectativas diferentes?
E aí entra a maternidade, toda aquela história de ela apoiar a Bella
a ter o seu "bebê-vampiro-potencialmente-assassino".
Acho que, sim, ela teve afinidade com Bella, ali. Creio que de todos,
excetuando talvez Esme que, ao que sabemos, tentou suicídio porque
perdeu seu filhinho,- Rosalie estava mais preparada para sentir a
"impressão" que a maternidade fez na esposa de Edward.
Edward diz que ela estava só visando o bebê, mas não sei se ele
é um referencial confiável ali, dado seus próprios sentimentos
contraditórios em relação ao feto.
Então, sim, eu gosto da "psicopata maternal" e gostaria de ter visto
mais sobre ela, nos livros.
Abaixo, segue um escrito não-oficial da tia Steph, narrado por
ninguém menos que pela Rose... :-)))) Deliciem-se, eeee

Erro de cálculo

Um pequeno som cochichado - não aqui, a uns cem metros ao norte - me fez
pular. Minha mão se fechou automaticamente envolta do telefone, o
fechando e o tirando de vista no mesmo movimento.

Eu joguei meu cabelo por cima do ombro, espiando pelas janelas altas até
a floresta. O dia estava escuro, nublado; meu próprio reflexo era mais
claro que as arvores e as nuvens. Eu encarei meus olhos arregalados e
assustados, meus lábios caídos nos cantos, a pequena ruga na vertical
entre minhas sobrancelhas&

Fiz uma careta, substituindo a expressão de culpa por uma de desprezo.
Um desprezo atraente. Inconscientemente, eu notei como a expressão de
raiva combinava com o meu rosto, contrastando belamente com o dourado
dos meus cachos grossos. Ao mesmo tempo, meus olhos procuravam pela
floresta vazia do Alasca, e eu fiquei aliviada que ainda estivesse
sozinha. O som não tinha sido nada - um pássaro ou uma brisa.

Não tinha porque sentir alívio, eu disse a mim mesma. Não tem porque se
sentir culpada. Eu não tinha feito nada de errado.

Os outros estavam planejando nunca contar ao Edward a verdade? Deixá-lo
rolar de angustia por becos sujos, enquanto Esme ficava de luto e
Carlisle tentava adivinhar cada decisão dele e a alegria natural da
existência de Emmett lentamente se transformar em solidão? Como isso
podia ser justo?

Além do mais, não havia como manter segredos do Edward. Mais cedo ou
mais tarde ele iria nos encontrar, vir visitar a Alice ou o Carlisle por
alguma razão, e então ele descobriria a verdade. Ele teria nos
agradecido por mentir para ele como nosso silencio? Dificilmente. Edward
sempre tinha que saber de tudo; ele vivia para esse sentido de
onisciência. Ele teria um belo surto, e só ficaria mais irritado que nós
escondemos a morte da Bella dele.

Quando ele se acalmasse e superasse toda essa bagunça, ele provavelmente
me agradeceria por ser a única corajosa o suficiente para ser honesta
com ele.

A quilômetros de distancia, um falcão gritou; o som me fez pular e
checar a janela de novo. Meu rosto tinha a mesma expressão de culpa de
antes, e eu me olhei com raiva no vidro.

Ótimo, então eu tinha minhas próprias razões. Era tão ruim assim que eu
quisesse que a minha família ficasse junta novamente? Era tão egoísta
sentir falta da paz, da felicidade sem fim a qual eu já tinha me
acostumado, a felicidade que Edward parecia ter levado com ele em sua
viagem?

Eu só queria que as coisas voltassem a ser como eram antes. Isso era
errado? Não parecia tão horrível. Afinal, eu não tinha feito isso só
para mim, mas para todos. Esme, Carlisle e Emmett.

Não tanto por Alice, embora eu teria presumido& Mas Alice sempre tinha
estado tão certa que as coisas dariam certo no fim - que Edward seria
incapaz de ficar longe de sua namoradinha humana - que ela não tinha se
preocupado em ficar de luto. Alice sempre tinha funcionado em um mundo
diferente do resto de nós, trancada em sua realidade mutável. Já que o
Edward era o único que podia participar dessa realidade, eu tinha
pensado que a ausência dele seria mais difícil para ela. Mas ela estava
segura como sempre, vivendo à frente, sua mente em um tempo que seu
corpo ainda não tinha alcançado. Sempre tão calma.

Mas ela tinha ficado fora de si quando viu Bella pular&

Eu tinha sido muito impaciente? Agido rápido demais?

Era melhor que eu fosse honesta comigo mesma, porque Edward veria cada
insignificância em minha decisão assim que ele voltasse para casa.
Melhor que eu reconhecesse logo meus motivos mesquinhos, os aceitasse de
uma vez.

Sim, eu estava com ciúmes do jeito que a Alice se sentia sobre a Bella.
Alice teria corrido tão rápido, com um pânico tão desesperado, se ela
tivesse me visto pulando de um penhasco? Ela tinha que amar essa
humanazinha comum tão mais do que me amava?

Mas o ciúme era só uma pequena coisa. Talvez tivesse acelerado a minha
decisão, mas não tinha sido o principal motivo. Eu teria ligado para o
Edward de qualquer jeito. Tinha certeza que o Edward iria preferir minha
honestidade objetiva do que a decepção bondosa dos outros. A bondade
deles já estava condenada desde o começo; Edward viria para casa
eventualmente.

E agora ele podia voltar para casa antes.

Não era a felicidade da minha família que eu sentia falta.

Eu sentia saudade do Edward também, de verdade. Eu sentia saudade das
pequenas observações cortantes dele, do humor negro que sempre estava
mais em harmonia com o meu do que o feliz e brincalhão do Emmett. Eu
sentia saudade da musica - o radio dele tocando sua ultima descoberta
indie, e o piano, o som do Edward transformando seus pensamentos quase
sempre remotos em música. Eu sentia saudade dele murmurando da garagem
ao meu lado enquanto nós mexíamos nos carros, a única hora em que
ficávamos em perfeita sincronia.

Eu sentia saudade do meu irmão. Com certeza ele não me julgaria tão
duramente depois que ele visse isso na minha cabeça.

Seria desconfortável por um tempo, eu sabia disso. Mas o mais cedo que
ele voltasse para casa, mais cedo as coisas poderiam ser normais de
novo&

Eu busquei em minha cabeça algum luto pela Bella, e fiquei contente em
encontrar que eu sentia pena da menina, sim. Um pouco. Uma coisa era
certa, pelo menos: ela tinha feito o Edward feliz em um jeito que eu
nunca tinha visto antes. É claro, ela também tinha o deixado mais
infeliz que qualquer outra coisa em seus cem anos de vida. Mas eu
sentiria falta da paz que ela tinha dado a ele durante aqueles poucos
meses. Eu podia verdadeiramente lamentar a perda dela.

Esse reconhecimento me fez sentir melhor comigo mesmo, satisfeita. Eu
sorri para o meu rosto no vidro, emoldurado pelo meu cabelo dourado e as
paredes de cedro vermelhas da sala de estar aconchegante e longa da
Tanya, e aproveitei a visão. Quando eu sorria, não havia mulher ou homem
no planeta, mortal ou imortal, que podia se comparar comigo em beleza.
Era um pensamento consolador. Talvez eu não fosse a pessoa mais fácil de
se conviver. Talvez eu fosse superficial e egoísta. Talvez eu tivesse
desenvolvido uma personalidade melhor se eu tivesse nascido com um rosto
comum e um corpo normal. Talvez eu tivesse sido mais feliz assim. Mas
isso era impossível de provar. Eu tinha a minha beleza; isso era algo em
que eu podia contar.

Eu alarguei o sorriso.

O telefone tocou e eu automaticamente apertei a mão, embora o som
tivesse vindo da cozinha, não do meu pulso.

Eu soube na hora que era o Edward. Ligando para checar a informação que
eu tinha dado. Ele não confiava em mim. Ele achava que eu era cruel o
bastante para fazer piada disso, aparentemente. Eu fiz uma careta quando
eu voei para a cozinha para atender o telefone da Tanya.

O telefone estava no canto mais distante, em cima do longo balcão de
cortar carnes. Eu o peguei antes que o primeiro toque tivesse terminado,
e virei a cabeça para a porta da frente quando atendi. Eu não queria
admitir, mas eu sabia que estava esperando o retorno do Emmett e o
Jasper. Eu não queria que eles m vissem falando com o Edward. Ficariam
com raiva&

- Sim - eu perguntei.

- Rose, eu preciso falar com o Carlisle agora - Alice disse ríspida.

- Ah, Alice! Carlisle está caçando. O quê -

- Ótimo, assim que ele voltar, então.

- O que é? Eu vou atrás dele agora mesmo e peço para ele ligar para você
-

- Não - Alice interrompeu de novo. - Estarei em um avião. Olha, você
teve notícias do Edward?

Foi esquisito como o meu estomago se revirou, parecendo descer pelo meu
abdômen. A sensação trouxe um estranho déjà vu, uma alusão a uma memória
humana, há muito perdida. Náusea&

- Bem, sim, Alice. Verdade. Eu falei sim com o Edward. Há alguns minutos
- Por um breve segundo eu brinquei com a idéia de fingir que o Edward
tinha me ligado, uma coincidência aleatória. Mas é claro que não tinha
sentido em mentir. Edward já me daria trabalho o suficiente quando ele
viesse para casa.

Meu estomago continuou a se mexer estranhamente, mas eu o ignorei.
Decidi ficar nervosa. Alice não devia falar assim comigo. Edward não
queria mentira, ele queria a verdade. Ele me apoiaria quando viesse para
casa.

- Você e Carlisle estavam errados - eu disse. - Edward não gostaria que
mentissem para ele. Ele iria querer a verdade. Ele quis. Então eu dei a
ele. Eui liguei para ele& Eu liguei para ele muitas vezes - eu admiti. -
Até que ele atendesse. Uma mensagem teria sido& errado.

- Por quê? - Alice ofegou. - Por quê você fez isso, Rosalie?

- Porque o quanto antes ele esquecer isso, quanto antes as coisas
voltarão ao normal. Não teria ficado mais fácil com o tempo, então por
que adiar? Tempo não vai mudar nada. Bella está morta. Edward vai ficar
de luto e então superar. Melhor que ele comece agora do que depois.

- Bem, você está errada nos dois casos, Rosalie, então isso seria um
problema, não acha? - Alice perguntou um tom feroz, cruel.

Errada nos dois casos? Eu pisquei rápido, tentando entender.

- Bella ainda está viva? - eu sussurrei, sem acreditar nas palavras. Só
tentando adivinhas a que casos Alice estava se referindo.

- Sim, é isso mesmo. Ela está absolutamente bem -

- Bem? Você disse que ela pulou de um penhasco!

- Eu estava errada.

A palavra soou tão estranha na voz de Alice. Alice, que nunca estava
errada, que nunca era pega de surpresa&

- Como? - eu sussurrei.

- É uma longa história.

Alice estava errada. Bella estava viva. E eu tinha dito&

- Bem, você causou uma bela bagunça - eu resmunguei, transformando meu
pesar em acusação. - Edward vai ficar furioso quando voltar para casa.

- Mas você está errada sobre essa parte também - Alice disse. Eu podia
dizer que ela estava falando por entre os dentes. - É por isso que eu
estou ligando&

- Errada sobre o quê? Edward voltar para casa? É claro que ele vai
voltar - eu ri, zombando. - O quê? Você acha que ele vai dar uma de
Romeu? Há! Como algum estúpido e romântico -

- Sim - Alice sibilou, a voz como gelo. - É exatamente isso que eu vi.

A convicção dura da voz dela deixou meus joelhos bizarramente bambos. Eu
segurei na viga de cedro para me apoiar - apoio que meu corpo duro feito
diamante não precisava. - Não. Ele não é assim burro. Ele - ele deve
perceber que -

Mas eu não conseguia terminar a frase, porque eu podia ver na minha
cabeça, uma visão própria. Uma visão de mim. Uma visão impensável de
como seria a minha vida se de algum modo o Emmett deixasse de existir.
Eu tremi e me recolhi de horror com a idéia.

Não - não tinha comparação. Bella era só humana. Edward não queria que
ela fosse imortal, então não era a mesma coisa. Edward não podia sentira
mesma coisa!

- Eu - eu não tive intenção, Alice! Eu só queria que ele voltasse para
casa! - minha voz era quase um urro.

- É um pouco tarde demais para isso, Rose - Alice disse, mais grossa e
fria que antes. - Guarde seu remorso para alguém que acredite nele.

Houve um clique, e então o barulho da linha.

- Não - eu sussurrei. Sacudi a cabeça lentamente por um momento. -
Edward tem que voltar para casa.

Eu encarei o meu rosto na chapa de vidro da porta da frente, mas não
conseguia mais o enxergar. Era só um borrão de branco e dourado.

Então, através do borrão, longe na floresta distante, uma arvore enorme
se agitou irregularmente, diferente do resto da floresta. Emmett.

Eu empurrei a porta para longe do meu caminho. Ela bateu violentamente
contra a parede, mas o som estava bem atrás de mim enquanto eu corria
pelo verde.

- Emmett! - eu gritei. - Emmett, ajuda!

Fonte: Foforks

sábado, 23 de janeiro de 2010

Criticar com bom nível dá à crítica mais sentido

Penso que seja importante separar as coisas e que, sobretudo, ao
criticar algo, devamos preservar um mínimo de bom senso.
Uma das críticas mais descabeladas sobre Twilight é quando dizem que
tia Steph "escreveu um livro tão ruim" por ser mórmon e aí despejam uma
série de ataques aos mórmons em geral e a tia Steph, em particular.
Os apelos pessoais de péssimo nível e coerência nula continuam,
como, por exemplo, sobre ela não saber nada de sexo (também por culpa da
sua religião) e só ter tido intimidades com o esposo para gerar os
filhos.
Fala sério!!!!
Continuo batendo o pé: Twi não é a oitava maravilha, mas é uma
história psicologicamente muito rica, emocionalmente muito interessante
e instrutiva, até.
Tem suas falhas, é óbvio, mas isso não significa que seja inútil. A
propósito, livros perfeitos são muito raros. Leia um mais de quatro vezes, e
começará a perceber pequenas incoerências e coisinhas assim.
Tudo bem, tudo bem, Twi até pode abusar da conivência concedida
a autores estreantes, mas, ainda assim, vale a pena ser lido. E se fosse
um lixo total, a religião da autora deveria ser deixada fora disso.
As críticas mais ácidas que vi em relação a isso, giravam em torno
da insistência da autora de preservar seus protagonistas de intercâmbios
sexuais até a hora do casamento.
Querem saber? Eu achei bastante original e interessante. Tudo bem
não ser a opção da maioria, mas, sim, é uma opção. E por que não? Se o
romance é dela, ela põe ou não põe os personagens nos "finalmentes"
quanto, como e se ela quiser.

Critiquem, meus amigos, mas conservem o respeito, a classe e a
coerência.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

E agora, Bella Swan

Em primeiro lugar, gostaria de expressar meu repúdio à Bella dos
filmes. Acho que tentaram fazê-la com mais iniciativa, (como se ela
precisasse) mas, ao meu ver,
construíram uma das personagens mais chatinhas de todos os tempos.
Bella se acha. Ela entende tudo, sabe de tudo e, o que não sabe,
pesquisa no Google. O jeito que ela trata o pai, ninguém merece. O jeito
superior dela com as amigas, só Deus explica como elas aturam.
Supúnha-se que os vampiros fossem os seres sobrenaturais da trama, mas
Bella, com sua chatice sobrenatural, faz os vampiros parecerem meros
coadjuvantes deslocados.
Aparentemente o verão ao lado de Edward Cullen fez milagres, porque
a Bella do filme "Lua NOva" está ligeiramente mais suportável.
Mas, de verdade, o objetivo aqui é falar da personagem original, então,
vamos lá.
Ela começa como uma personagem ligeiramente chata no primeiro
livro, toda superior porque veio de uma cidade grande e toda enjoativa
com o seu jeito dramático de ver as coisas.
Muita gente fala mal de ela ser tão cobiçada no começo, mas é um
comportamento comum de jovens de uma cidade pequena em relação a outro
do sexo oposto de uma cidade grande, então tia Steph apenas refletiu a
realidade.
Então Edward aparece e ela vai melhorando, vai amadurecendo. `
como se as dificuldades porque vai passando fossem ajudando-a a separar
as coisas e a crescer, em um sentido mais amplo.
Dizem que Bella é muito submissa. Eu nunca entendi o fundamento disso.
Para mim, eles confundem arrebatamento amoroso com submissão afetiva. A
maior parte das análises sobre a submissão da Bella são, no mínimo,
parciais: pegam, como sempre, trechos isolados, frases, apenas, e, a
partir daí, deduzem tudo o mais.
Pessoalmente, não vejo desse
modo. Vamos lá, aonde os críticos estavam quando ela briga com Edward e
força as coisas até ficarem do jeitinho que ela quer, por várias vezes? NO primeiro livro,
eles nem namoravam ainda, e ela passa o maior sabão nele. Me refiro ao
trecho do "frustrante e não-frustrante"; e quando James começa a
persegui-la e ela se impõe diante de três vampiros com a melhor idéia? depois, quando Jacob entra em
cena e ele fica
com ciúmes (ahn, Edward jura que está só preocupado com a segurança
dela, mas só Bella acredita nisso) ela deixa muito claro que gosta de
Jacob e continuará a vê-lo sim, e força tanto a barra, que Edward acaba
levando-a até a fronteira um monte de vezes. "eu sou a suíça!" Em
Eclipse, idem: ela vai
indo, vai indo, até que ele fica com ela na batalha da clareira com os
recém-nascidos, e não lutando com os demais, como era o planejado.
"Aquele lance todo do compromisso. Acho que é até o nome do capítulo.".
E em
amanhecer, quem mesmo queria aquele bebê vampiro, em primeiro lugar? E,
antes disso, quem mesmo queria ter relações com o Edward, apesar da
opinião dele?
Tudo bem, ela cede
algumas vezes, e de forma fácil e até vergonhosa, mas daí a ser um
fantoche sem opinião, vai um longo espaço. Então, os críticos que me
perdoem, Bella pode até ser sonsa e lenta de vez em quando, mas quando ela
arranja uma prioridade, corre atrás sem pedir fiador e ponto final e
isso é o oposto de submissão.
Entretanto Edward vai embora em Lua Nova e entra em cena Jacob Black e,
com ele, uma nova Bella.
Uma das sacadas psicológicas mais bem feitas da Bella está aí:
existem duas dela: a Bella de Edward e a Bella de Jacob.
A Bella de Jacob se esbalda com a levesa que este lhe proporciona.
Ela não tem medo de ser palhaça, não precisa ser a adulta, não precisa
ser tão responsável. `um tipo Bella-zona-de-conforto que nunca pôde ser
quando precisava ter responsabilidade por ela e pela mãe e quando
namorava um homem com a cabeça do seu avô. A Bella de Jacob ri mais e é
mais ousada embora, claro, permanentemente meio infeliz, porque Edward
não estava por perto.
Eu chego a me perguntar quanto da "Bella de Jacob" é a "Bella de
Jacob", e quanto de toda aquela euforia é uma tentativa de sobreviver
ao Edward, como se, para seguir sem ele, ela não pudesse ser mais a
mesma pessoa.
`muito interessante a explosão dela, quando Alice reaparece. Como
se todo o monumento de "estou bem, ok?" ruísse de uma vez só e
sobreviesse a garota assustada e perdida que houvera ali, o tempo todo.
FOi, para mim, uma cena especialmente chocante, porque, lendo-a com
Jacob, eu quase acreditei que ela ficaria bem, simplesmente. Que ela
estava gradualmente envolvendo e sendo envolvida e que, em algum
momento, Edward seria apenas mais uma cicatriz na vida dela.
Daí vemos tudo de Volterra e, finalmente, Edward volta. Jacob
vira "o personagem que ficou sobrando", simpático, apaixonado e...
Lobizomem.
Edward tenta negar a Bella, tenta disfarçar tudo com quilos de
autruísmo, mas ele está morrendo de ciúmes do Jack o tempo todo... E
com razão. E Bella? Embora ela demore muito a perceber, ela também está
mortalmente dividida: a Bella de Jack e a Bella de Edward, apesar de eu
achar que o que pega mais seja um medo implícito de que Edward vá embora
outra vez, posto que ela não se acha suficientemente boa para ele.
Confesso que a protagonista da série não tem muito do meu respeito,
até aí. Eu não a detesto, veja bem. Tenho até empatia com a situação
dela, de ser, por exemplo, uma humana nada talentosa interagindo com um
monte de vampiros maduros e superpoderosos, mas ela não tem muito do meu
respeito.
Ela é só uma garota prosaica, que acerta e erra, como todo mundo e
tem dois caras de bandeja.

As coisas mudam quando Bella beija Jacob e admite que também o ama.
Sim, acho que foi a partir daí que ela mostrou quem realmente era. Foi
quando sentiu, tocou no fato de que se sentia emocionalmente envolvida
pelos dois, fisicamente atraída pelos dois, romanticamente entrelaçada
aos dois e decidiu fazer sua escolha.
Ela podia "enrolar". Ela podia fugir. Ela podia se mascarar. Ela
podia manipular Edward e Jacob facilmente, mas não fez. Ela decidiu. E
agiu. E arcou com a dor e a glória da própria escolha. E, finalmente,
ganhou meu respeito.
*Trecho transcrito ao final*
Ela assume que prefere o Edward, conta ao Jacob com honestidade
total e tem a coragem de chorar o que jamais terá até o fim, sem fugir
por um momento sequer, sem se iludir. Depois, junta os cacos e segue seu
caminho com o escolhido sem olhar para trás, até o momento em que começa
a gestar a alma gêmea de Jacob, mas aí, já é outra história.
Então vem o casamento e, bem grudadinho, a maternidade. Eu só vejo o
povo dizer que o parto dela é nojento, mas nunca vi ninguém se debruçar
sobre os efeitos que tornar-se mãe tem sobre a nossa personagem.
Tá bem, tem
muito de transferência na minha admiração por Bella ao arcar com um
bebê que
ninguém mais quer, a sofrer o que quer que seja, para ter um "final
feliz" que só ela vê. Ela faz alianças, aposta tudo e vai até ao fim e
produz, na minha opinião, uma das cenas mais lindas de toda série, que
é fazer Edward e Jacob lutarem por um único objetivo, a aliança mais
improvável de todo o enredo.
Já vi muitos descreverem o parto de Bella como estranho e repulsivo.
Eu penso que sou das poucas que achou aquilo tudo lindo, lindo de
chorar. A determinação
dela, a resistência, a coragem de ir até ao fim e, no final, os dois
ajudando o bebê a nascer, tentando mantê-la viva.
Aquilo é lindo demais. `o fim do processo. `a glória dele.
E o ciúme de Bella sobre Jacob ter o empiting com a Renesmey?
muito materno, se me permitem dizer. Bella mãe é muito fofa, muito...
Bela mesmo.
`um dos motivos pelos quais eu gosto de Crepúsculo, no frigir dos
ovos. Dá gosto ver aquela menininha mimada e dramática virar uma
mulher, parar de choramingar encima das próprias mágoas para lutar pelo
que quer, sem, para isso, precisar manipular ninguém, como certas
heroínas fazem por aí.
É isso. Quem quiser atirar, vá em frente. Abaixo, os trechos
prometidos.

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Reencontro de Bella e Alice:

Imóvel e branca de uma forma que não era natural, com os grandes olhos
escuros atentos em meu rosto, minha visitante esperava
completamente parada no meio do corredor,
linda além da imaginação. Meus joelhos tremeram por um segundo e eu
quase caí. Depois me atirei para ela. ­ Alice, ah, Alice!
­ gritei, enquanto me jogava. Tinha
esquecido como Alice era dura; era como correr direto para um muro de
cimento. ­ Bella? ­ havia um misto estranho de alívio
e confusão em sua voz. Abracei-a, ofegando,
tentando sentir o máximo possível o cheiro de sua pele. Não era igual a
nada ­ não era floral nem picante, nem cítrico nem
almiscarado. Nenhum perfume no mundo podia
se comparar àquilo. Minha memória não lhe fazia justiça. Não percebi
quando o ofegar se transformou em algo mais ­ só vi
que estava chorando quando Alice me arrastou
para o sofá da sala e me colocou em seu colo. Era como me enroscar numa
pedra fria, ma uma pedra que contornava confortavelmente
o formato de meu corpo. Ela afagou
minhas costas num ritmo suave e esperou que eu me controlasse. ­ Eu...
Desculpe ­ balbuciei. ­ Estou tão... feliz... por
ver você! ­ Está tudo bem, Bella. Está tudo
bem. ­ Sim ­ chorei. E pela primeira vez parecia estar mesmo.

(Lua NOva)


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A Bella de
A Bella de Edward e a Bella de Jacob

Eu fiz o caminho para o meu quarto, cega e tropeçando. Uma vez dentro,
eu lutei com o abridor da minha pulseira, tentando
abrí-la com
os dedos tremendo. "Não, Bella", Edward sussurrou, capturando as minhas
mãos. "Isso é parte de quem você é". Ele me puxou
para o berço dos seus braços e os soluços
ficaram livres de novo. O mais longo dos dias parecia estar se esticando
mais e mais. Eu me perguntei se ele ia acabar um
dia. Mas, apesar da noite ter se passado
implacavelmente, não foi a pior noite da minha vida. Eu tirei conforto
disso. E eu não estava sozinha. Havia uma boa quantidade
de conforto nisso também. O medo
de Charlie de descontroles emocionais evitou que ele viesse me checar,
apesar de eu não ter ficado quieta - ele provavelmente
não dormiu mais que eu. A minha compreensão
tardia parecia insuportavelmente clara essa noite. Eu podia ver cada
erro que eu havia cometido, cada dano que eu havia
causado, as coisas pequenas e as coisas grandes.
Cada dor que eu havia causado a Jacob, cada ferida que eu havia dado a
Edward, foram aumentando em pilhas organizadas que
eu não podia

ignorar e nem negar. Eu me dei conta de que estive errada o tempo
inteiro sobre os imãs. Não eram Edward e Jacob que eu
estava tentando forçar a ficarem juntos,
eram as duas partes de mim mesma, a Bella de Edward e a Bella de Jacob.
Mas elas não podiam existir juntas, e eu nunca devia
ter tentado. Eu havia causado tanto
dano. Em algum ponto da noite, eu me lembrei da promessa que havia feito
a mim mesma essa manhã - que eu nunca faria Edward
ver vertendo outra lágrima por Jacob.
Esse pensamento trouxe uma rodada de histeria que assustou Edward mais
do que a choradeira. Mas isso passou também, quando
teve que passar. Edward disse pouco; ele
só me segurou na cama e me deixou arruinar a camisa dele, pingando de
água salgada. Levou mais tempo do que eu esperava
para aquela parte menor de mim, a parte quebrada,
chorar tudo. Aconteceu, no entanto, e eventualmente eu fiquei exausta o
suficiente pra dormir. A inconsciencia não trouxe
alívio completo da dor, só uma calma entorpecida,
como se fosse um medicamento. A tornou mais suportável. Mas ela ainda
estava lá; eu estava consciente dela, mesmo adormecida,
e isso me ajudou a fazer os ajustes
que eu precisava fazer. A manhã trouxe consigo, se não uma perspectiva
mais clara, pelo menos uma medida de controle, alguma
aceitação. Instintivamente, eu soube
que a nova lágrima do meu coração sempre doeria. Isso simplesmente seria
uma parte de mim agora. O tempo faria ser mais
fácil - isso era o que todo mundo sempre
dizia.

(Eclipse)

*****
Bella com ciúmes de Renesmey - So sorry, mas eu não consegui não postar
essa parte!!!



"Eu olhei
para Jacob, uma expressão meio furiosa e ansiosa. Os olhos dele estavam
fixados no rosto de Renesmee. Com todos colados,
foi tocado no mínimo por seis vampiros diferentes
naquele momento, e não pareceu incomodá-lo nenhum pouco. Ele realmente
iria continuar para me proteger de mim mesma? O que
poderia ter acontecido durante minha transformação---
minha alteração em algo que ele odeia --- que poderia o tornar tão
afetado para essa necessidade? Eu pensei nisso,
vendo-o
encarando minha filha. Encarando ela como...
como se ele fosse um homem cego vendo o sol pela primeira vez.

"Não!" Eu disse. Os dentes de Jasper se juntaram e os braços de Edward
se colocaram no meu corpo como se estivesse me enforcando.
Jacob tirou Renesmee dos meus braços
no mesmo segundo, e eu não tentei segurá-la. Porque eu senti vindo --- o
momento
pelo que eles estavam esperando. "Rose," Eu disse
entre meus dentes, bem lentamente e precisa.
"Pegue Renesmee." Rosalie a abraçou em seus braços, e Jacob deu minha
filha para ela de primeira. Ambos se afastaram de
mim. "Edward, eu não quero te ferir, então
por favor se afaste de mim." Ele hesitou. "Vá ficar em frente à
Renesmee," Eu sugeri. Ele deliberou, e então me soltou.
Eu me desviei da minha multidão de caça e
dei dois lentos passos em direção a Jacob. "Você não.." Eu disse a ele.
Ele se afastou, com as palmas das mãos para cima,
tentando argumentar comigo. " Você sabe
que não é algo que eu posso controlar." " Seu estúpido vira-lata. Como
você pôde? Meu bebê!" Ele se jogou na frente da porta
agora enquanto eu o enfrentava, meio
querendo se afastar para as escadas. "Isso não foi idéia minha, Bella!"
"Eu a segurei uma vez, e você já achou que você
teve algum direito sobre ela? Ela é minha
"Eu posso dividir", ele disse argumentando conforme recuava pelo
gramado. "Pague por isso" Eu ouvi Emmett dizer atrás de
mim. Uma pequena parte do meu cérebro perguntou
quem tinha sido contra esse resultado. Eu não perdi muita atenção nisso.
Estava tão furiosa. "Como você se atreve a ter
impressão com meu bebê? Você perdeu a noção?"
"Isso foi involuntário!" Ele insistiu, indo para as árvores. Então ele
não estava sozinho. Os dois grandes lobos reapareceram,
ao lado dele. Leah me tocou. Um apavorante
resmungo se rasgou através de meus dentes de volta a ela. O som me
perturbou, mas não o suficiente para me impedir de avançar.
"Bella, você poderia me ouvir apenas
por um segundo? Por favor?" Jacob implorou. " Leah, sai fora," Ele
adicionou. Leah enrolou seus lábios para mim e não se
mexeu. "Por que eu deveria escutar?" Eu
falei em tom de desaprovação. A fúria dominando minha cabeça. Isso
preencheu tudo e todos. "Porque você é a única que me
disse isso. Você lembra? Você disse que
nós pertencíamos a vida um do outro, certo? Que nós éramos família. Você
disse que era como se você e eu fossemos destinados.
Então... Agora nós somos. `o que você
queria." Eu o olhei ferozmente. Eu lembro dessas palavras. Mas meu novo
cérebro estava a dois passos de tirar sua cabeça.
"Você acha que você vai ser parte da minha
família sendo meu genro!" Eu disse. Minha voz passou por duas oitavas e
continuou parecendo música. Emmett riu. "Pare ela,
Edward," Esme disse. "Ela vai se arrepender
se o ferir." Mas eu senti uma perseguição atrás de mim. "Não!" Jacob
estava insistindo na mesma hora. "Como você não pode
ver isso dessa forma? Ela é apenas um bebê,
por todos os demônios!"

"Esse é meu ponto!" Eu gritei. "Você sabe que eu não penso nela dessa
maneira! Você acha que Edward teria me deixado viver
esse tempo todo se eu a visse assim? Tudo
que eu quero é que ela tenha uma vida feliz e segura--- Isso é tão ruim?
`muito diferente do que você quer?" Ele estava
gritando de volta para mim. Além das palavras,
eu gritei um resmungo a ele. "Ela é maravilhosa, não é?" Eu escutei
Edward dizer. "Ela não foi ao pescoço dele nem mesmo
uma vez," Carlisle concordou, parecendo
chocado. "ôimo, você ganha essa," Emmett disse rancorosamente. "Você
ficará longe dela," eu assobiei para Jacob. "Não posso
fazer isso!" "Tente.Começando
agora." "Não é possível. Você lembra o quanto me queria por perto três
dias atrás? O quanto era difícil estarmos separados
um do outro? Isso acabou pra você agora,
não é?" Eu olhei furiosa, incerta do que ele estava implicando. "Isso
era ela," ele contou. "Desde o começo. Nós tivemos
que estar juntos, até depois." Eu me lembrei,
e então entendi; uma pequena parte de mim estava aliviada por ter a
loucura explicada. Mas aquela ajuda de alguma forma
só me fez ficar mais irritada. Ele estava
esperando que aquilo fosse o bastante pra mim? Que aquele único
esclarecimento me faria achar tudo bem? "Fuja enquanto você
ainda pode," Eu ameacei. "Vamos lá, Bells!
Nessie gosta de mim também," ele insistiu. Eu congelei. Minha respiração
parou. Por trás de mim, ouvi a falta de som que
eram suas ansiosas reações. "Do que... você
a chamou?" Jacob deu um passo para trás, dando um olhar envergonhado.
"Bem," ele murmurou, "Aquele nome que você sugeriu
é meio que boca cheia e ­" "Você apelidou
minha filha de O monstro do Lago Ness?" Eu berrei. E então disparei
contra sua garganta.
"



(Amanhecer)

P.S.: Submissa? Mesmo?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Você definiria isso como ridículo?

"andei entre os meus, e entre os seus... O tempo
todo pensando que eu era completo comigo mesmo, sem perceber o que procurava. E sem encontrar nada, porque você ainda não estava
viva."
(Edward para Bella - Crepúsculo)


" Antes de você, minha vida era uma noite sem lua. Muito escura, mas havia estrelas... Pontos de luz e razão... E depois você atravessou meu céu como um meteoro.
De repente tudo estava em chamas; havia brilho, havia beleza. Quando você se foi, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou negro. Nada mudou, mas meus olhos
ficaram cegos pela luz. Não pude mais ver as estrelas. E não havia mais razão para
nada."
(Edward para Bella, em Lua Nova)

"Minha vida era uma meia-noite imutável, infinita. Devia ser, por necessidade, sempre meia-noite
para mim. Então como era possível que o sol estivesse nascendo agora, bem no meio da minha
meia-noite?"
(Edward pensando sobre Bella, em "Sol da Meia-noite".

Eu sempre acho muito estranho quando pessoas que detestam a série
elencam estas frases como ridículas e, até mesmo, indicativas de baixo
amor próprio.
Admito que a objetividade faz bem, entretanto, a se a vida sem
poesia não é lá grande coisa, imagine o amor sem aquela?
Um dos motivos que fazem de Twilight uma leitura prazerosa e terna,
é ver o gérmen de um amor imenso surgir, primeiro em frases
"descabeladamente românticas"; depois dar frutos em testemunhos, para,
enfim, encontrar a glória em uma união estável, sólida e respeitosa.
Vida longa aos que se enternecem com frases desse naipe! Que a vida
os trate bem e que, quando o amor as visitar, deixe, no seu rastro, uma
trilha de ternura e delicadeza, que possa servir de repositório de
forças morais das quais o relacionamento possa se nutrir, diante das
fases negras, inerentes à vida na Terra.

*****

Todas as Cartas de Amor são Ridículas


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.


(Álvaro de Campos)